"Poesia é a mais alta criação humana. Só tem equivalente na música..."
Eduardo Lourenço



terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Para 2010...

Viver… as multidões dos concertos e a sensação de pertença a algo que nos ultrapassa a todos… as pessoas que me são especiais, sem ter medo de lhes dizer que me fazem falta quando não estou perto delas ou que, de formas diferentes, me preenchem quando estão do meu lado… os sentimentos que de mim fazem parte: chorar, rir, magoar-me, cair, levantar-me, errar, aprender, voltar a errar e perceber que os erros nos dão uma mais valia: ultrapassar o medo e, com ele, os obstáculos e perceber que a vida só tem uma perspectiva, a de Viver.

domingo, 29 de novembro de 2009

Aqui...

Refugio-me nas palavras... Nas que encontro, nas que sei. Mas as que sinto, não as encontro, porque o que sinto não cabe aqui. Não é do mundo das palavras, mas do outro... O dos pensamentos e dos reflexos, dos sentidos e das sensações... O que sinto, sei que sinto, mas não escrevo... Porque o que sinto não cabe aqui. Aqui cabe a vontade e o desejo... De te abraçar a ti.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

E se...

Tenho o mesmo medo que tu... De tropeçar, cair e não me levantar... Tenho o mesmo medo que tu... Da mesma água se fazem as minhas lágrimas... Mas do meu medo, faço uma aprendizagem… E tu? Onde te leva o teu medo? Tens medo de não o conseguir vencer? Não tenhas... Faz dessa queda um aviso e das lágrimas o começo de um sorriso...



segunda-feira, 23 de março de 2009

Fado meu

Não sei se foram prosas se foram versos… Com que escreveste o teu sorriso… Se da tua letra fiz canção minha… Se do teu ombro fiz porto de abrigo… Mas sei que desse sorriso fiz meu fado… Dessa canção meu mistério… Dos teus olhos fiz prosas… E do teu ombro um império…



sábado, 7 de fevereiro de 2009

Às vezes faz falta...

O frio gelava os raios quentes que o sol de Inverno, timidamente, atrás de si deixava. A chuva dava lugar a um arco-íris insinuante, daqueles que dão vontade de trepar e de agarrar, em segredo, o pote de ouro... E o dia começava assim, com uma luminosidade pouco habitual para a época. Desci à praia e ali fiquei. De todos os lugares do mundo, escolhi este… Este, onde não há sinais de trânsito, telefones ou filas… Este, onde as pessoas não se atropelam para alcançar algo que parece ser alheio a elas próprias, onde a eventual ambição que possa existir é apenas a de querer tocar o fundo do mar... Mas escolhi este, não só por ser um lugar calmo e despretensioso, mas por ser o lugar onde comigo me encontro… Sem hora marcada, quando apetece… De todos os lugares do mundo, escolho aquele que me traz o que me faz falta…