Sentei-me num desses cafés que não é 'da moda', mas onde servem chocolate quente, as cadeiras são de palha e as pessoas sorriem despretensiosamente. Tentei lembrar-me porque me tinha vindo embora. Mas a realidade é que para trás deixei também essa recordação. Não sei ao que vim, mas sei que parti.
Quis ficar assim, sem lembranças. Seria possível uma pessoa viver sem o seu passado? Do futuro poucas certezas tinha, sabia apenas que o sentimento de vazio era agora substituído por uma vontade súbita de me conhecer a mim melhor, primeiro. Os meus limites, as minhas capacidades. Depois, de voltar finalmente a este lugar... Onde o cheiro da terra molhada é diferente do das outras terras, onde os sorrisos se pontuam de uma genuidade que nos é familiar e onde o sabor do tal chocolate quente é diferente das outras bebidas de chocolate, que fervem em chávenas que não conhecemos... Não, este lugar é diferente! Porque ao que é típico se junta o sabor da saudade. Esse, nenhum outro lugar tem.
Nas consequências deste meu acto pouco pensei. O que queria era apenas viver aquilo a que tinha direito e ambicionar (pelo menos) o tal futuro risonho de que todos falam... Não será simplesmente assim...? Podermos ser aquilo que ambicionamos? É certo que o importante é reconhecer o que dessa ambição faz parte. Mas agora sabia o que queria… E não era o lugar de onde tinha partido.
Quis ficar assim, sem lembranças. Seria possível uma pessoa viver sem o seu passado? Do futuro poucas certezas tinha, sabia apenas que o sentimento de vazio era agora substituído por uma vontade súbita de me conhecer a mim melhor, primeiro. Os meus limites, as minhas capacidades. Depois, de voltar finalmente a este lugar... Onde o cheiro da terra molhada é diferente do das outras terras, onde os sorrisos se pontuam de uma genuidade que nos é familiar e onde o sabor do tal chocolate quente é diferente das outras bebidas de chocolate, que fervem em chávenas que não conhecemos... Não, este lugar é diferente! Porque ao que é típico se junta o sabor da saudade. Esse, nenhum outro lugar tem.
Nas consequências deste meu acto pouco pensei. O que queria era apenas viver aquilo a que tinha direito e ambicionar (pelo menos) o tal futuro risonho de que todos falam... Não será simplesmente assim...? Podermos ser aquilo que ambicionamos? É certo que o importante é reconhecer o que dessa ambição faz parte. Mas agora sabia o que queria… E não era o lugar de onde tinha partido.
2 comentários:
E podes sempre mais...Lindo...Talento puro! Beijinho Grande
Primo Filipe
Manda-me um email, que o teu não está aqui.
Beijinhos
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